10.6.14

O GRANDE NADA E O TEMPO



Ando lendo muitos livros velhos. Peguei-me escrevendo "êle", assim, com acento. De qualquer maneira, escrever assim por ler tais coisas, não tem preço. O sebo é melhor educador do que os lançamentos. Basta conhecer seus corredores certos. Isso leva tempo.

O tempo que atormenta a criatura! Rápido, rápido, sabe-se lá como Napoleão perdeu a guerra! Com muita calma, Stálin a venceu. Mas o tempo, esse ser indefinível e para nós precário, venceu Stálin e vencerá a todos nós, levando-nos a dimensões não abarcadas.

A mãe Rússia é uma grande teta de vodca, para alimentar suas eternas crianças...

Mas o brilho da verdade, como o brilho do infinito, o vislumbrar de Deus. Por detrás da máscara passeia o brilho dos olhos da verdade, olhando de um lado para outro, às vezes pousada fixamente em seu objeto, que é o Universo.

Que sabemos nós sobre o foco desse olhar penetrante que ao tempo nos rouba e nos perpassa a carne com o peso da eternidade?

Vós que me acusáveis pessimista, quem sois para me julgar?

Eu sou o Grande Ninguém, que caminha para lugar nenhum. Levo comigo meu circo, com o grande letreiro:"gRaNDe Ninguém cIrcUs nIGht cLub".

Vou para a livraria. Se quiseres me acompanhar, será um prazer. Se quiseres me acusar, só lendo todos os livros do sebo.

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