1.8.18

Redenção




Não há crime sem castigo, nem redenção sem fé.
Cambaleando em meio à minha cegueira, sempre achando controlar as circunstâncias,
Os raios de Júpiter cumulador de nuvens me acertando como a um cão vadio,
E como um raio veio aquele teu sorriso.
Quis me livrar da sujeira, quantas abluções no corpo e na alma.
Quis, mãos dadas com você, saltar sobre o medo, entregar-me a Deus.

A fé sem obras é morta.
Então nos olhamos e queríamos um ao outro
Com aquele não sei o quê de santidade e inocência que há no amor verdadeiro.
Você cambaleando, eu cambaleando, nos trombamos em algum beijo.
Eu nos queria sóbrios e assim amar-te com a consciência de que amo.
E que de você o que me veio não fui eu, mas as circunstâncias, 
Deus, Milagre, o Eterno e o Infinito.
Assim aconteceste em minha vida.

O castigo sobre meus crimes, pequenos delitos arriscados sobre mim mesmo,
Visitar-me como a Rodion tenha ido Sonya
Não é de morte o meu crime, mas a mesma arrogância me tomou,
E passarei o resto dos meus dias buscando redenção,
Se o Grande Arquiteto permitir, nos seus braços,
Cuidando um das feridas do outro,
Cultivando um jardim de amor verdadeiro,
Como as plantas que deixaste sob meus cuidados
Para tomar-te cuidado e ser a flor mais linda que tu és,
E cuide do templo do Espírito,
E nos redima a redenção do sorriso, do cabelo, da pele, do coração e da alma,
E que o destino venha
No perdão de um Deus amoroso.