Visões do México me seduzem, no momento, e a muitos seduziram.
São carinhosas como a música que me remeteu a um romantismo tardio e inócuo; ao menos me garantiu contra um modernismo promíscuo com o qual flertei.
E até nesse modernismo eu via apenas cactos, e não via Castanheda. Via desertos e sentia o suor na testa, mas não via Rivera, nem Frida Kahlo, tampouco Trotski.
E quando eu criar uma marca de cerveja mexicana, ela se chamará Trotski.
Ai, soi louco por ti, América. Tuas chapadas, tuas planícies, teus desertos, tua aridez e tuas florestas túmidas, mas, Pueblo, afasta de mim esse cálice.
Tu, Pueblo, fácil de enganar, ah, do Novo México até a Patagônia...como sempre te deixaste levar pelos piores?
Que fizeste de mim, América? Como agora, cheio de ti, poderei chegar à Austrália?
Ah, Pueblo, larga pra lá as teologias, pondo-te a rezar o terço.
Conheces a epístola: sim, a fé e a esperança.
Deixa-me amar-te, América. Sobretudo, não me sigas. Eu não sou Jesus.
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