7.5.17

LAÇO

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Não é a solidão que nos assusta.
Mansarda que somos, aos outros dedicamos nossas qualidades.
Dividimos em sim e não coisas improváveis, obscuras e desconhecidas com aquele ar de sabido, estelionatários da verdade que somos.
Que é um homem só? Um santo?
Qual!
Mesmo aquele que se retira com o silício marcando-lhe a pele com devoção, espera aprovação.
Seja de Deus ou dos santos.
E os devotos do nada esperam aprovação do super-homem nietzscheano ridículo a ponderar sobre sua loucura sifilítica?
Batendo massa na obra, batendo bolo na colher de pau, estudando com olhos lassos como digno fosse qualquer coisa que ama um poema modernista sem rimas?
Qual poema?
Qual?!!
Sentirmo-nos sábios por sabermos algo que sabemos que vai acontecer e que acontece de qualquer jeito, sejamos sábios ou imbecis?
Saber vai mudar as coisas?
Será isto poesia?
Não.
Isto não é.

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