13.4.05

POLIXENA

(...)Eu, porém, sou o poeta...Eis aqui a porra do poeta, Polixena! Pintou Homero seu Nestor, que era sábio, porém sólido e combativo, mesmo na velhice. Aquiles cedeu sua juventude, não temendo para si a morte de Heitor, fez chorar sua mãe Tétis - quem disse que deuses não morrem? A morte de Aquiles era para Tétis a morte de uma sua própria parte...A morte da parte de uma deusa! A parte que se separou de seu corpo divino era maculada pela mortalidade, mas qual, os Deuses, eu já disse, são um tanto sádicos, esses vampiros safados! Zeus faz filhos mais que um nordestino...Zeus, esse impulso gerador, sublime, despreocupado, apenas perfeição, um deus indiferente, cuja imagem, porém, é de benevolência, é claro, sempre há o jogo da política. Agrade aos deuses, e de preferência seja um de seus parentes...Mas eu sou apenas uma porra de poeta...e não se trata aqui de um franco atirador! Conheço exatamente meus alvos! Talvez tenha tempo para combater, sou afinal um Nestórida. Caminhareu madrigada adentro, atiçarei os cachorros, eis aqui a mercadoria, sei que pouco vale! Me pague uma cerveja, Jack, e está tudo bem! Os cigarros parecem melhores agora que fumo menos! Pudera, não passo de um personagem de Dostoievski. Obviamente, daqueles que gostam de uma boa trepada!

2 comentários:

Priápico disse...

Talvez tenha tempo para combater. Seja sábio, nestórida.

Priápico disse...

Talvez tenha tempo para combater. Seja sábio, nestórida.