10.2.15
MORO SOZINHO (VERSO LIVRE - POR ISSO É RUIM)
Então, moro sozinho.
Saio às ruas, perto de uns sou grande, de outros, pequenininho.
Perco-me em palestras, que não vão além de arestas, se alongam.
Cada qual, sua razão, que geralmente é emoção.
Ao final, todos alegres, ufa, não precisei falar sobre nada, descobrimos que não existe essência.
Basta defender o abstrato e ter bom trato, jamais deixará de ter amigos.
Veja bem, isto ia, mas não é poesia, ria, que te trava qualquer palavra.
João Goulart, Ferreira Gullar, e o homem de cem anos, ah! - Eugênio Gudim!
Assim sou sábio mesmo sendo idiota - lorota - você sabe muito mais do que eu (você sabe todos os pontos de vista).
Enriquecido pela beleza, me esqueço da certeza, pois esta, tu a tens.
Não convém replicar ante tamanha verdade, tacanha é a minha dúvida.
Quem matou mais, eu ou você? Não sei, ambos vivos e ainda assim a saber de bom grado adubar o xaxim.
Tomei um bom vinho, mas só porque acabou a cerveja.
Eu moro sozinho. Mas vivo na cidade. Vejo o que as pessoas fazem às palavras.
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