19.8.14

O GRANDE NINGUÉM: DESCONHECIDO ARISTOCRATA DO NADA


"Sinto falta de uma identidade, aí", ouvi há dez anos. Quem é essa personagem quase etérea, não pegajosa, mas lisa, escapulindo como o sabonete molhado? Essa personagem sou eu. Fugindo em mangas de camisa das terríveis vernissages que mais parecem o enterro da própria verdade.

 Andando pelas trilhas das cachoeiras do espírito e sendo arranhado e envenenado por tropicais espinhos desconhecidos.

Tem gente que gosta tanto do gato que gosta até do cocô do gato.

Não, aqui não falta identidade, Dóris. Talvez você nunca tenha me conhecido.

No mês de agosto, os gatos gostam de gritar sobre os telhados.

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