13.5.14

AURORA (em grego, Éos)



Filha de Titã e da Terra, ou, segundo Hesíodo, de Téia e Hipérion, irmã do Sol e da Lua. Essa deusa abria as portas do dia. Depois de ter atrelado os cavalos ao carro do Sol, ela o precedia no seu. Tendo se casado com Perses, filho de um Titã, teve por filhos os Ventos, os Astros e Lúcifer.

Enamorado do jovem Titono, filho de Laomedonte e irmão de Príamo, raptou-o, desposou-o e dele teve dois filhos, cuja morte lhe foi tão sensível que suas lágrimas abundantes produziram o orvalho da manhã. Um deles foi Mêmnom, rei da Etiópia, o outro Hermatíon.

Seu segundo esposo foi Céfalo, que ela tomou de Prócris, filha de Erecteu, rei de Atenas, e com quem teve um filho. Depois raptou Órion e vários outros.

Os antigos representam-na vestindo uma túnica cor de açafrão, ou amarelo-pálida, com uma vara ou uma tocha na mão, saindo de um palácio de prata dourada num carro do mesmo metal com reflexos de fogo.

Homero lhe atribui dois cavalos, a que dá os nomes de Lampo e Faetone, e pinta-a com um grande véu escuro jogado para trás e abrindo com seus dedos rosados a barreira do Dia. Outros poetas lhe atribuem cabelos brancos, ou mesmo Pégaso como montaria.

Algumas vezes representam-na com os traços de uma jovem ninfa coroada de flores e montada num carro puxado por Pégaso. Com a mão esquerda, segura um archote e com a outra espalha uma chuva de rosas. Numa pintura antiga, ela expulsa a presença da Noite e do Sono.

P. Commelin, Mitologia Grega e RomanaMartins Fontes, 2000, pag.85, tradução: Eduardo Brandão.

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